Das Páginas para as Telas: iZombie


iZombie é um quadrinho publicado pela Vertigo (DC Comics) criado pelo ilustrador Michael Allred e o novelista Chris Roberson. A série foi produzida de 2010 à 2012, resultando num total de 28 edições. A arte produzida nos quadrinhos apresenta um formato pop dos anos 60 e 70, com aspecto retrô, uso de retículas e uma colorização impecável da artista Laura Allred. A história tem como protagonista a zumbi Gwen Dylan, que trabalha como coveira na cidade de Eugene, em Oregon. Gwen não gosta de matar para sobreviver e desde que se tornou uma zumbi, se afastou de todos os seus familiares e amigos e adquiriu um emprego num cemitério para  ter acesso sua principal fonte de alimentação: cérebros. Ela, definitivamente, odeia o sabor dos cérebros, mas precisa se alimentar deles pelo menos uma vez por mês, para manter sua consciência e aparência dentro da normalidade, pois senão ela acaba se tornando um daqueles zumbis tortos e dementes da Noite dos Mortos -Vivos. Entretanto, ao consumir os cérebros dos falecidos, ela acaba por absorver as memórias do morto em sua mente e, às vezes, precisa resolver situações pendentes como assassinatos, por exemplo. O quadrinho foi adaptado para uma série de tv norte americana, com mesmo nome, em 2015. Criada por Rob Thomas e Diane Ruggiero-Wright para o canal The CW. A série já consta com duas temporadas, a primeira com total de 13 episódios que foi ao ar nos EUA entre março e junho de 2015, e a segunda com 19 episódios que foi ao ar nos EUA entre outubro de 2015 e março de 2016. A série já foi renovada para terceira temporada, com previsão de estréia em 2017. Apesar de ser uma adaptação, a série de TV apresenta muitas diferenças da HQ. No quadrinho, a protagonista é a coveira Gwen Dylan e na série temos a médica Olivia Moore, interpretada pela atriz Rose McIver.


Liv (apelido de Olivia) Moore era uma médica residente que vivia uma vida normal e feliz, estava noiva e tinha uma família muito amorosa. Sua vida apresenta uma reviravolta, quando Liv resolve ir a uma festa que, inesperadamente sofre um ataque frenético de zumbis e ela acaba sendo arranhada e consequentemente infectada.
Após o ataque, Liv “sobrevive” mas não é a mesma, ela se transforma em um zumbi e começa a desejar a comer cérebros. Portanto, assim como a Gwen dos quadrinhos, Liv resolve abandonar sua vida passada. Entretanto, ela não se afasta por completo de seus amigos e familiares, porém, se mantem mais distante, rompe o noivado e começa a trabalhar em um necrotério, Seattle PD, onde ela consegue ter acesso aos cérebros para saciar sua fome. Liv também absorve as memórias dos mortos cujos cérebros ela comeu e através de suas visões tenta resolver seus assuntos não resolvidos, principalmente casos de assassinatos, onde o assassino saiu impune. Nota-se que há algumas similaridades e diferenças entre a série de tv e da hq, porém desse ponto em diante, a série toma um rumo bem diferente dos quadrinhos.


Na série de tv, Liv acaba ajudando o Departamento de Polícia a solucionar crimes, sendo uma consultora psíquica ao lado do detetive Clive Babineaux, interpretado pelo ator Malcolm Goodwin, que acredita que Liv é um tipo de vidente. Ela também conta com a ajuda constante do seu colega de trabalho, Dr. Ravi Chakrabarti, interpratado por Rahul Kohlin, que é fascinado pela sua condição e busca um meio de encontrar a cura zumbi.


fonte: izombiebr

Apesar de Gwen apresentar algumas similaridades com Liv, tanto na aparência (cabelos curtos brancos e pele pálida) como em sua história como zumbi, há também muitas diferenças entre as duas. Primeiro o grupo de amigos de Gwen nos quadrinhos é composto por uma fantasma e um lobisomen (terrieromen), há a presença de outros zumbis e até mesmo vampiros. Enquanto na série de tv, até então, abordou apenas zumbis. A Gwen é uma personagem melancólica e mais mal-humorada, que reflete sobre a vida ao seu redor e sobre a morte, e faz constantes análises sobre ser zumbi e sobre seus amigos monstros. Tudo através de uma narração carregada de um humor mordaz e negro. Já a Liv, é uma personagem bem mais carismática e divertida.


fonte: izombiebr

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Eu apreciei bastante a leitura dos quadrinhos, mas gosto mais da atmosfera investigativa e ao mesmo tempo divertida da série. Outro ponto positivo é o roteiro que é muito bem estruturado. A trama é repleta de mistérios e diversas situações intrigantes que com o tempo vão se interligando. Além de Liv ajudar a resolver os problemas daqueles que se foram, ela combate outros zumbis (um dos mais perigosos é o Blaine interpretado por David Anders) e procura uma forma de encontrar a cura, na esperança de voltar a ser uma pessoa normal. E não para por aí, pois ela tem que lidar, em meio disso tudo, com problemas pessoais com a família, relacionamentos que muitas vezes fracassam (principalmente sua situação complexa com seu ex-noivo Major Lilywhite, interpretado por Robert Buckley) e, às vezes, discussões e desentendimentos entre amigos. A série de tv também apresenta muitos pontos engraçados e piadas com conteúdo geek. Mas um dos pontos que deixa a série mais divertida, é que a Liv, além de absorver a memória dos mortos, também adquire a suas personalidades. Portanto, a protagonista assume diversos papéis, desde serial-killer, pintor, super-heroína (que é um dos meus favoritos), excêntrica, depressiva e entre outros, que muitas vezes resulta em situações muito engraçadas. Outro ponto divertido, são os pratos -de cérebros- que Liv prepara na série: é sushi, pizza, hamburguer, macarrão...tudo com muita pimenta, claro. Ou seja, cenas que deveriam ser grotescas acabam se tornando divertidas, leves e engraçadas. A abertura da série também é um arraso. Eles desenvolveram uma animação apresentando a introdução da trama em formato de história em quadrinhos, e tem como tema a música, "Stop, I'm Already Dead" cantada pela banda americana Deadboy and The Elephantmen.

Independente de suas semelhanças e diferenças, tanto o quadrinho como a série valem a pena de ler/assistir. Não deixem de conferir iZombie.

fonte: izombiebr

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Eloise G.F

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